19 de junho de 2014

Esfinge não !

Acho que foi uma esfinge.

Normalmente esfinges são masculinas. Admiro as mulheres que conseguem lidar com elas.  Eu não consigo. Creio que já foi a segunda com que me envolvi. Ou que me envolveu.

A esfinge é um ser atraente, e atração não requer necessariamente a beleza.

Sedutor é seu eterno enigmático sorriso conquistador de intimidades, característica particularmente feminina. Permite-nos sonhar as respostas nunca dadas às sigilosas perguntas nunca pronunciadas.

Está aí o problema :  reflete-se em seu simpático rosto pétreo nosso sonho que sempre anda à procura da felicidade fugaz sempre. Recaem depois elevadíssimos juros sobre nossas fugazes felicidades. Alguns aprendemos, já outros ...

Vale aqui um parêntesis:  alguns aprendem adotando a parca teoria do "antes e depois".  Teoria furada porque só conhece vítima. Onde já se viu efeito sem causa? Não merece o nome teoria.

Enigma, aliás? Esfinge tem um coração consabidamente pétreo. Um enigma provém de sangue quente. Esfinge é um enigma ao quadrado.  Pétreo espelho.

Pensando bem: Não sei se foi. Foi tão distinta da imagem do espelho. De esfinge virou enigma. Por outro lado: enigma fala.



14 de junho de 2014

Textos acadêmicos - aridez e estilo

Note: termos sublinhados correspondem a erros, grifos itálicos a críticas ao estilo.

Texto 1
Os impactos da ocupação sucessiva das sociedades humanas sobre o meio na bacia hidrográfica da sanga do Boi, sudeste do Rio Grande do Norte.
Texto original:
1 - A província geomorfológica conhecida por Depressão Periférica do Rio Grande do Norte, em especial as áreas pertencentes à bacia hidrográfica da sanga do Boi, no sudoeste do RN, apresentam características paisagísticas originais. 2 - Elas podem ser observadas em diferentes escalas de análise, tanto em detalhe, quando se trata das dinâmicas do meio, como no que se refere aos grandes compartimentos da paisagem. [...] 3 - Tais usos estão associados às potencialidades do meio, em especial, a vegetação nativa e a fertilidade do solo. 4 - Contudo, os processos morfogenéticos identificados na bacia têm sido potencializados em virtude da fragilidade do meio e dos manejos introduzidos na área, fator que tem inviabilizado, em parte, a produção agrícola em parcelas das propriedades rurais. 5 - Recentemente, a implantação da monocultura do eucalipto nos campos limpos para o abastecimento da indústria de celulose, vem provocando novas interferências na ocupação e uso do solo da região. 6 - É neste contexto que o presente estudo tem o objetivo de associar as mudanças de uso e ocupação ao processo de degradação do meio; em especial a sua interferência sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e sobre a dinâmica da sanga da Areia, espacializando tais mudanças em uma área piloto, ao longo do tempo. 7 - A legislação brasileira define as APPs como sendo uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 8 - A inserção desta discussão no contexto da temática definida para a participação no encontro, permite colocar na pauta global de discussão questões referentes às particularidades do bioma, buscando contribuir na busca de elementos que considerem as trajetórias históricas da mudança do uso da terra a partir de uma perspectiva sócio-ecológica para a manutenção do equilíbrio do meio.



Crítica
Os impactos da ocupação sucessiva das sociedades humanas sobre o meio na bacia hidrográfica da sanga do Boi, sudeste do Rio Grande do Norte.


1 - A província geomorfológica conhecida por Depressão Periférica do Rio Grande do Norte, em especial as áreas pertencentes à bacia hidrográfica da sanga do Boi, no sudoeste do RN, apresentam características paisagísticas originais. 2 - Elas podem ser observadas em diferentes escalas de análise, tanto em detalhe, quando se trata das dinâmicas do meio, como no que se refere aos grandes compartimentos da paisagem. [...] 3 - Tais usos estão associados [associam-se] às potencialidades do meio, em especial, a vegetação nativa e a fertilidade do solo. 4 - Contudo, os processos morfogenéticos identificados na bacia têm sido potencializados em virtude da fragilidade do meio e dos manejos introduzidos na área, fator que tem [ ] inviabilizado, em parte, a produção agrícola em parcelas das propriedades rurais. 5 -  Recentemente, a implantação da monocultura do eucalipto nos campos limpos para o abastecimento da indústria de celulose, vem provocando novas interferências na ocupação e uso do solo da região. 6 - É neste contexto que o presente estudo tem o objetivo de associar as mudanças de uso e ocupação ao processo de degradação do meio; em especial a sua interferência sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e sobre a dinâmica da sanga do Boi, espacializando tais mudanças em uma área piloto, ao longo do tempo. 7 - A legislação brasileira define as APPs como sendo uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, [ ] facilitar o fluxo gênico da fauna e flora, [ ] proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 8 - A inserção desta discussão no contexto da temática definida para a participação no encontro, permite colocar na pauta global de discussão questões referentes às particularidades do bioma, buscando contribuir na busca de elementos que considerem as trajetórias históricas da mudança do uso da terra a partir de uma perspectiva sócio-ecológica para a manutenção do equilíbrio do meio.




ESTRUTURA, PROCESSO, FUNÇÃO E FORMA NO SETOR AGRÁRIO DO NOROESTE DO ESTADO DO RS 
texto 2  
original
1 - A integração e aplicação dos conceitos e métodos da Geografia em muitos casos apresentam significativa complexidade, em especial quando se utiliza referenciais que trazem um amplo grau de aprofundamento acadêmico. 2 - Em muitos casos isto pode dificultar a compreensão de determinados acontecimentos dentro de um quadro mais amplo de analise, sobretudo, por necessitar da utilização de resgates históricos que auxiliem na definição dos cenários atuais em que determinados segmentos da sociedade atuam. 3 - Este artigo tem a finalidade de avaliar de que maneira ocorreu o avanço da compreensão e aplicação do Código Florestal Brasileiro e, de outro lado, como ocorreu o processo de uso e ocupação do território da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. 4 - Para tornar possível tal análise, tomamos por base o processo de colonização européia no RS, os fluxos migratórios, o desmatamento e a atividade agrícola, assim como a degradação e a consciência ambiental adquiridas no período. 5 - As conexões necessárias para a compreensão dos dois cenários colocados, o processo de uso e ocupação do solo e o avanço do código florestal, serão buscadas através dos escritos de Milton Santos (19xx), obra na qual o autor trata da estrutura, do processo, da função e da forma como categorias do método geográfico. 6 - Através das discussões apresentadas pelo autor será possível identificar as diferentes temporalidades presentes e destoantes nos cenários em questão. 7 - As relações que se estabelecem entre a estrutura, o processo, a função e a forma, as questões de uso e ocupação do solo e a compreensão e aplicação da legislação ambiental, partem do conceito de espaço que constitui uma realidade objetiva, que é um produto social em processo permanente de transformação. 8 - Uma vez que o espaço impõe sua própria realidade, fica evidente que há, ao menos, dois tempos distintos a serem considerados nas questões de análise regional: o tempo do processo de ocupação regional - que gera o enfrentamento com a natureza sob o aspecto da sua ocupação - e que resultará em novas formas dotadas de rugosidades que contarão a história regional futura; 9 - o tempo político - representado pelas políticas públicas e pelas evoluções legais - que ocorrem em total descompasso com o desenvolvimento regional. 10 - Cabe aos pesquisadores acompanhar a aplicação das novas legislações e adaptações a elas, para possibilitar a continuidade das avaliações iniciadas pelo presente artigo.

crítica
1 -  [ ] A integração e aplicação dos conceitos e métodos da Geografia em muitos casos apresentam significativa complexidade, em especial quando se utiliza [utilizados] referenciais que trazem um amplo grau de aprofundamento acadêmico. 2 - Em muitos casos isto pode dificultar a compreensão de determinados acontecimentos dentro de um quadro mais amplo de analise, sobretudo, por necessitar da utilização de resgates históricos que auxiliem na definição dos cenários atuais em que determinados segmentos da sociedade atuam. 3 - Este artigo tem a finalidade de [avalia] avaliar de que maneira ocorreu o avanço da compreensão e aplicação do Código Florestal Brasileiro e, de outro lado, [oposição] como ocorreu o processo de uso e ocupação do território da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. 4 - Para tornar possível tal análise, tomamos por base o processo de colonização européia no RS, os fluxos migratórios, o desmatamento e a atividade agrícola, assim como a degradação e a consciência [nexo?] ambiental adquiridas no período. 5 - As conexões necessárias para a compreensão dos dois cenários colocados, o processo de uso e ocupação do solo e o avanço do código florestal, serão buscadas através dos escritos de Milton Santos (19xx), obra na qual o autor trata da estrutura, do processo, da função e da forma como categorias do método geográfico. 6 - Através das discussões apresentadas pelo autor será possível identificar as diferentes temporalidades presentes e destoantes nos cenários em questão. 7 - As relações que se estabelecem entre a estrutura, o processo, a função e a forma, as questões de uso e ocupação do solo e a compreensão e aplicação da legislação ambiental, partem do conceito de espaço que constitui uma realidade objetiva, que é um produto social em processo permanente de transformação. 8 - Uma vez que o espaço impõe sua própria realidade, fica evidente que há, ao menos, dois tempos distintos a serem considerados nas questões de análise regional: o tempo do processo de ocupação regional - que gera o enfrentamento com a natureza sob o aspecto da sua ocupação - e que resultará em novas formas dotadas de rugosidades que contarão a história regional futura; 9 - o tempo político - representado pelas políticas públicas e pelas evoluções legais - que ocorrem em total descompasso com o desenvolvimento regional. 10 - Cabe aos pesquisadores acompanhar a aplicação das novas legislações e adaptações a elas, para possibilitar a continuidade das avaliações iniciadas pelo presente artigo.



Texto 3
Áreas de preservação permanente e o planejamento do seu uso

Original
1 - O processo de uso e ocupação da terra baseado no desmatamento e no manejo desordenado do solo gera conflitos entre a recuperação ambiental e a reprodução socioeconômica dos agricultores. 2 - Esta dicotomia reflete-se através da aplicação efetiva do Código Florestal (Lei Federal 4.771/65), que trata das Áreas de Preservação Permanente (APPs), faixas marginais aos cursos d’água que devem ser mantidas com vegetação nativa. 3 - Objetiva-se apresentar metodologia para definir as APPs ciliares a partir de elementos da geomorfologia fluvial e da cobertura vegetal como alternativa aos parâmetros legais atuais. 4 - Para chegar aos resultados se apresenta uma retomada histórica da ocupação do Noroeste do RS, Brasil, aonde se insere a área piloto, faz-se uma leitura teórica sobre conservação da natureza e discute-se as APPs em três níveis de análise: o arcabouço jurídico atual; o uso destas áreas e o seu estado da arte no Noroeste do RS. 5 - A discussão da função social da propriedade é vista como fundamental, por ser a partir dela que ocorre a responsabilização pela preservação ou não das APPs. 6 - Definimos como áreas piloto para a aplicação da metodologia, três setores do Rio Santo Cristo, para os quais definimos os diques marginais e as planícies de inundação a partir de análise cartográfica. 7 - Avaliamos a estrutura fundiária da região para possibilitar uma leitura relacionada com o tipo de propriedade existente no local. 8 - Como resultado, detectamos áreas de influência do rio variando numa distância de 20m até 380m, ou seja, APPs com faixa de até 330m superior as definidas na legislação, o que mostra a ineficiência das definições métricas adotadas atualmente. 9 - Ficam como principais conclusões do estudo: que é urgente um estudo mais aprofundado sobre a questão das APPs para possibilitar propostas de alteração da legislação que busquem parâmetros técnicos efetivos para sua definição; que se busque o desenvolvimento de estudos que objetivem apresentar alternativas de uso sustentado para estas áreas; que se avaliem os conceitos de preservação e conservação entendendo que o último traz uma grande gama de benefícios para as pequenas propriedades, na medida em que as práticas conservacionistas auxiliam no equilíbrio da natureza e trazem ganhos reais à produção destas propriedades.


crítica
1 - O processo de uso e ocupação da terra baseado no desmatamento e no manejo desordenado do solo gera conflitos entre a recuperação ambiental e a reprodução socioeconômica dos agricultores. 2 - Esta dicotomia reflete-se através da aplicação efetiva do Código Florestal, que trata das Áreas de Preservação Permanente (APPs), faixas marginais aos cursos d’água que devem ser mantidas com vegetação nativa. 3 - Objetiva-se apresentar metodologia para definir as APPs ciliares a partir de elementos da geomorfologia fluvial e da cobertura vegetal como alternativa aos parâmetros legais atuais. 4 - Para chegar aos resultados se apresenta uma retomada histórica da ocupação do Noroeste do RS, Brasil, aonde se insere a área piloto, faz-se uma leitura teórica sobre conservação da natureza e discute-se as APPs em três níveis de análise: o arcabouço jurídico atual; o uso destas áreas e o seu estado da arte no Noroeste do RS. 5 - A discussão da função social da propriedade é vista como fundamental, por ser a partir dela que ocorre a responsabilização pela preservação ou não das APPs. 6 - Definimos como áreas piloto para a aplicação da metodologia, três setores do Rio Santo Cristo, para os quais definimos os diques marginais e as planícies de inundação a partir de análise cartográfica. 7 - Avaliamos a estrutura fundiária da região para possibilitar uma leitura relacionada com o tipo de propriedade existente no local. 8 - Como resultado, detectamos áreas de influência do rio variando numa distância de 20m até 380m, ou seja, APPs com faixa de até 330m superior as definidas na legislação, o que mostra a ineficiência das definições métricas adotadas atualmente. 9 - Ficam como principais conclusões do estudo: que é urgente um estudo mais aprofundado sobre a questão das APPs para possibilitar propostas de alteração da legislação que busquem parâmetros técnicos efetivos para sua definição; que se busque o desenvolvimento de estudos que objetivem apresentar alternativas de uso sustentado para estas áreas; que se avaliem os conceitos de preservação e conservação entendendo que o último traz uma grande gama de benefícios para as pequenas propriedades, na medida em que as práticas conservacionistas auxiliam no equilíbrio da natureza e trazem ganhos reais à produção destas propriedades.



Texto 4
Original
1 - O artigo utiliza a categoria de lugar para compreender as relações dos sujeitos entre si com os outros, bem como com os recursos naturais e os problemas ambientais decorrentes.  2 - O lugar é um recorte espacial, onde se materializam as ações humanas em que as pessoas constituem concepções, relações, práticas e atitudes. 3 - O ser humano, pela necessidade de sobrevivência ou pela lógica de acumulação do capital, pode constituir consciências e práticas destrutivas ou preservadoras dos recursos naturais.  4 - Objetivou-se enfocar a escassez de água e os problemas ambientais, a partir de um Estudo de Caso, em que o local X se relaciona com o global, identificando as pressões econômicas e ambientais, que submetem os suinocultores no processo produtivo. 5 - Propõe-se o reconhecimento da interação entre os atores envolvidos e as ações educativas formais e informais na perspectiva da sustentabilidade.
crítica
1 - O artigo utiliza a categoria de lugar para compreender as relações dos sujeitos entre si com os outros, bem como com os recursos naturais e os problemas ambientais decorrentes.  2 - O lugar é um recorte espacial, onde se materializam as ações humanas em que as pessoas constituem concepções, relações, práticas e atitudes. 3 - O ser humano, pela necessidade de sobrevivência ou [também ou talvez??] pela lógica de acumulação do capital, pode constituir consciências e práticas destrutivas ou preservadoras dos recursos naturais.  4 - Objetivou-se enfocar a escassez de água e os problemas ambientais, a partir de um Estudo de Caso, em que o local X se relaciona com o global, identificando as pressões econômicas e ambientais, que submetem os suinocultores no processo produtivo. 5 - Propõe-se o reconhecimento da interação entre os atores envolvidos e as ações educativas formais e informais na perspectiva da sustentabilidade.


Texto 5
Original
1 - A Leishmaniose visceral canina é uma zoonose de suma importância para a saúde pública causada pelo protozoário Leishmania, é uma doença grave de curso lento e crônico, que causa lesões de pele, úlceras, alopecias, emagrecimento, ornicogrifose, insuficiência renal e pode levar os animais não tratados e pessoas a morte. 2 - A Leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito palha e o principal reservatório são os cães. 3 - O diagnóstico pode ser realizado através de três métodos: parasitológico, sorológico e métodos moleculares. 4 - Hoje no Brasil existe uma grande polêmica em relação aos animais soropositivos, pois o tratamento é proibido pela Constituição pelo alto risco de transmissão para os humanos, indicado assim a eutanásia dos animais. 5 -  A prevenção da doença se faz com o combate ao mosquito transmissor utilizando coleiras anti-mosquitos, inseticidas nos ambientes onde os cães vivem e as vacinas que protegem os cães evitando assim a disseminação da doença.    


crítica
1 - A Leishmaniose visceral canina é uma zoonose de suma importância para a saúde pública causada pelo protozoário Leishmania, é uma doença grave de curso lento e crônico, que causa lesões de pele, úlceras, alopecias, emagrecimento, ornicogrifose, insuficiência renal e pode levar os animais não tratados e pessoas a morte. 2 - A Leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito palha e o principal reservatório são os cães. 3 - O diagnóstico pode ser realizado através de três métodos: parasitológico, sorológico e [molecular] métodos moleculares. 4 - Hoje no Brasil existe uma grande polêmica em relação aos animais soropositivos, pois o tratamento é proibido pela Constituição pelo alto risco de transmissão para os humanos, indicado assim a eutanásia dos animais. 5 -  A prevenção da doença se faz com o combate ao mosquito transmissor utilizando coleiras anti-mosquitos, inseticidas nos ambientes onde os cães vivem e as vacinas que protegem os cães evitando assim a disseminação da doença.    


Texto 6
original
1 - O processo de ensino-aprendizagem através do trabalho interdisciplinar tem buscado alternativas para a sua concretização e efetivação como ferramental indispensável nas diferentes áreas do conhecimento. 2 - Assim, considerando-se que como boa parte dos conteúdos trabalhados pela disciplina de geografia possibilitam uma grande aplicação prática, seria válida a contribuição através do desenvolvimento do presente estudo tendo como objetivo principal a apresentação de metodologias de trabalho utilizando-se saídas de campo como técnica de construção do conhecimento.  3 - Este processo está pautado nas questões que definem os processos de educação através da interdisciplinariedade, uma vez que se entende que o conhecimento não deva ser fragmentado, mas sim, construído de forma coletiva entre todas as áreas do conhecimento.  4 - Como resultado deste estudo prático pode-se enfatizar questões como: maior assimilação dos conteúdos por parte dos alunos em virtude dos trabalhos conjuntos entre mais disciplinas, o aumento do significado das questões relacionadas a espacialidade, o aumento nos processos de análise realizados pelos alunos, fácil compreensão da utilização de novas tecnologias em sala de aula, como imagens de satélite, aumento no interesse pelas aulas, entre outras.  5 - Desta forma, a interdisciplinariedade construída a partir da concepção dos trabalhos de campo é uma forma bastante eficaz nas atividades de ensino-aprendizagem nos dias atuais.

crítica
1 - O processo de ensino-aprendizagem através do trabalho interdisciplinar tem buscado alternativas para a sua concretização e efetivação como ferramental indispensável nas diferentes áreas do conhecimento.  2 - Assim, considerando-se que como boa parte dos conteúdos trabalhados pela disciplina de geografia possibilitam uma grande aplicação prática, seria válida a contribuição através do desenvolvimento do presente estudo tendo como objetivo principal a apresentação de metodologias de trabalho utilizando-se saídas de campo como técnica de construção do conhecimento.  3 - Este processo está pautado nas questões que definem os processos de educação através da interdisciplinariedade, uma vez que se entende que o conhecimento não deva ser fragmentado, mas sim, construído de forma coletiva entre todas as áreas do conhecimento.  4 - Como resultado deste estudo prático pode-se enfatizar questões como: maior assimilação dos conteúdos por parte dos alunos em virtude dos trabalhos conjuntos entre mais disciplinas, o aumento do significado das questões relacionadas a espacialidade, o aumento nos processos de análise realizados pelos alunos, fácil compreensão da utilização de novas tecnologias em sala de aula, como imagens de satélite, aumento no interesse pelas aulas, entre outras.  5 - Desta forma, a interdisciplinariedade construída a partir da concepção dos trabalhos de campo é uma forma bastante eficaz nas atividades de ensino-aprendizagem nos dias atuais.

11 de junho de 2014

Enigmas gregos x emails modernos. À beira da comunicação.


Em meu âmbito profissional recebo mails do gênero:

1 - "Olá 
Em virtude de não termos fechado as turmas do curso de XXX, estamos reabrindo as inscrições no formato on-line, onde você terá a opção de se reescrever, optando somente um horário que ficará melhor para você, estamos no momento ofertando 4 horários de curso, para o NIVEL I.
favor acessar o link a baixo e verificar as informações
Agrademos a compreensão e aguardamos a sua inscrição" 

Obviamente o email é institucional - aliás: dirigido a pré-inscritos e pagantes. sic!


2 - "Em anexo, as lâminas dos produtos que trabalhamos, nota-se que na própria lamina tem os valores de tabela, abaixo a negociação que consegui para trabalharmos forte para cada produto. 
Também segue em anexo, a lâmina para os estudantes que irão fazer o ciências sem fronteiras."
Obviamente igualmente um email institucional.
3 - "Encaminho para conhecimento e divulgação, oportunidade que acredito seja de interesse de todas as instituições. Atenciosamente,"

4 - "pelo que eu entendi eu posso colocar algumas matérias onde eu devo colocá-las e se eu mudar de ideia, lá eu posso escolher outras, certo?
mandei um email para o consulado dinamarquês perguntando sobre o visto e me disseram que é só tres meses antes da viagem... se tu quiseres eu mando o email da mulher, a marta.
No documento, Learning Agreement - Incoming, eu devo preenche-lo com as matérias que eu escolher cursar lá?
Na folha de informações tem uma parte que fala sobre as acomodações, que tem custo..."


5 - "Bom dia Paulo
Mando em anexo as fichas para que tu confiras se as informações estão corretas, por favor.
De noite entrego a Elisa elas impressas e assinadas."


6 - "Hello,Teacher,

I'm Jonas.
I'll go to Scottand in the next semester and I received the letters of acceptance today.
And in two mine documents there are errors in mine informations (wrong name and wrong letter, in the first e-mail) and with that errors I won't get the visa.
I'm so disappointed about it...
Please check the letters and send it to me again."


Na época das cavernas não escreviam. Mas muito bem desenhavam. Por aqui não há cavernas, os autores vivem à luz do luminoso dia subtropical. São da elite [regional]. Dos que conhecerão uma fatia do mundo pelo dito "intercâmbio". Já não estão ameaçados pelos bichinhos do Jurassic Park. Estão enredados como nunca antes na história dos hominídeos. São nossos pares e filhos. 

Não há como dar conta com comentários breves. A complexidade das razões dessa perda de fala e escrita é demasiado ... complexa.

José Hildebrando Dacanal fala de "cem milhões de analfabetos" nascidos nos anos da ditadura brasileira.  E esses procriaram, claro. 

Talvez a explicação original seja mesmo simplesmente essa.

31 de maio de 2014

Inteligência

Tenho uma série de cães. Infelizmente. Recolhidos das ruas de Ijuí - ou seja: já tiveram outros donos.

Eu e eles já não somos ijuienses. E tenho um probleminha a mais com eles.

Quando saio, sou perseguido. Quando retorno, sou bem-recebido.

Muitos "donos" conseguem facilmente resolver essas situações corriqueiras. Depende das circunstâncias.

Minhas circunstâncias são adversas. Adversas para mim, favoráveis para as 40 patas caninas. Para chegar à estrada, percorro uns cem metros por uma picada silvestre. Não tem como ultrapassar a malha, às vezes mais abaixo do carro do que a sua frente. Haja nervos.

Chegado à estrada - estrada de chão -, pouco alteram as circunstâncias. A via continua estreita o suficiente para me impedir a "ultrapassagem" dos quadrúpedes - entusiasmadíssimos com o diário desafio da corrida, porém ameaçados do inevitável sumiço do adorado dono ao horizonte  por horas e horas - se bem que sabem converter as horas em horas de baderna.

Percorridos em conjunto os 700 m de chão cascalhudo ladeira acima ladeira abaixo, vem a esquina, que, desconhecedores das leis de trânsito, diferente de mim dobram sem respeitar preferências alheias.
Mas: como, afinal, está o ranking dos céleres corredores? Eu, em meu calhambeque de corrida que, conforme taquímetro, pode marcar até 180 km a hora (duvido!), nada célere situo-me mais ou menos no meio do campo dos atletas. A via, agora dobrada porém esburacada, possibilitar-me-ia um arranque derradeiro. Mas parte da mantilha não sai da frente. Pior: na esquina juntou-se outra, a dos vizinhos, que caça não as minhas rodas senão meus felizes infelizes acompanhantes. Dá-se aí, contudo, a minha chance. A atenção dos meus é desviada pelos novos perseguidores.

Procuro acelerar.  Dois a três afilhados, contudo, continuam na ponta do troço animal. Mas veja só quem está na ponta, minúsculo, imperturbável, objetivo! Esperto estrategista: o Negão.

Negão é negro que só. dos olhos à cauda. Um dos primeiros resgatados pela família. O menor de todos. Castrado, ligeiramente aleijado do atropelamento sofrido na rua 14 de julho em Ijuí.

É ele que, quando ligo o motor e, às vezes o aqueço por alguns segundos antes de partir mata adentro, é ele que dispara enquanto os demais à toa latem e circundam em infernal ladrido o carro ligado. Os demais acompanham o carro, muitas vezes focinhos voltados para o carro. Não o Negão, que a essa hora está dúzias de metros à frente.

E já não perde a ponta para ninguém, exceto para mim, e isso lá ao km 2. Quando ouço seu choro só seu, solto quando o ultrapasso, sei que já não há mais canino à frente. É quando acelero de 40 para 60 km o meu foguete 78 e abro a latinha de coca-cola para despertar e me concentrar nos buracos quebra-molas no escuro do alvorecer que minhas molas enfrentam dia a dia.

Negãozino! Queridão!





28 de maio de 2014

"Eu encontrei Jesus" espanta três entre quatro

Li o livro. Adorei, e tanto apaixonei-me por ele que o traduzi para o alemão e toda hora o recomendo. É de José Hildebrando Dacanal, catuipense formado em Letras e Economia, professor emérito da UFRGS.

Nesse exato momento de pensamento a vagar, o que mais bem que mal faz, juntaram-se peças díspares que há muito díspares carregava em meu seio.

Uma de minhas filhas, jovem, jovem, porém de feliz autonomia intelectual, não quer saber do livro de sua crença porque coisa boa não poderia ser por contar com minha simpatia. Hm ... Como não minto para filha minha, sabe que não sigo seu deus. Ela, que heroica e autonomamente largou a crisma católica a que aspirava para poder "casar em branco". Largou porque não aparecia padre nenhum para iniciar no catolicismo cristão-romano a ansiosa jovem ávida pela iluminação religiosa. A Santa Sé só enviava jovens substitutos para organizar brincadeiras infantis.

Há outro que rejeita tomar conhecimento do que perfeitamente conhece. Pastor protestante, comunica que "livro com esse título não compraria". Hm ...  A rejeição é aqui sociológica, intelectual, progressista. Antiesotérica .. Tal qual minha filha, também ele me conhece. Rejeição emocional dupla, embutida. 

Bueno. Foi isso? Não.

Outra pessoa que me conhece, igualmente não abre a boca sobre o livro ou meus elogios a ele. Hm ...

O que têm os três em comum? Têm em comum que me conhecem. E que creem. Cada qual - demasiado obviamente - com suas dificuldades embutidas nessa crença.  Por fim, têm ainda em comum que desconhecem o livro. 

Aliás: eu também não teria comprado o livro. Li-o por indicação de um amigo que muito prezo.

Podemos disso concluir o seguinte: quando nos recomenda um livro uma pessoa suspeita (ao menos no assunto), bola não se dá. Lê-se, contudo, a indicação quando a pessoa é bem-vista, quando goza de empatia.

Isso diz tudo. Não sobre o livro, mas sobre "a gente" - para não ser mas direto do que já estou sendo!

Lamentável que a vítima primeira disso é esse livro. Logo esse, que apaziguou os extremos que há décadas carregava comigo, que me atormentavam, que negava tal qual os citados negam à sua maneira. Aliás, e felizmente, há uma quarta pessoa a que posso me reportar. Ela está em cima do muro, procurando e procurando... Leu e recomenda "Eu encontrei Jesus". Até a seus alunos.


"Eu encontrei Jesus", de José Hildebrando Dacanal, agora traduzido para a língua alemã, é uma bíblia sobre a bíblia. É obra inteligente, esperta, lógica, coerente. É óbvia e brilhante. Liberta. Faz entender e apreciar nossa história individual - a ocidental, à qual nesses rincões não podemos nos furtar. Quisera ter encontrado antes essa joia.

Os três fujões deveriam conhecer esse avesso de sua própria História. Essa paz, - paz sugerida pelo deus e acatada pela modernidade. Paz que tende a reinar o mundo, pela ONU, pois pode ser invocada por qualquer entidade por ter sido aceita por todas as entidades.

PS.: A obra está para sair em nova edição e novo título. Algo como "Jesus, Cristianismo e Ocidente." Título já antecipada na versão alemã.



26 de maio de 2014

Livros de ouro

De José Hildebrando Dacanal, grande catuipense radicado em Porto Alegre: 

Eu encontrei Jesus. Uma viagem às origens do Ocidente. ISBN: 8586880426. Nova edição prevista para 2014 ou 2015.  A versão alemã do livro encontra-se à livre disposição no link Versão alemã de "Eu encontrei Jesus" . Tradução minha.
 
Manual de Pontuação: teoria e prática Este maravilhoso livrinho apresenta uma lógica de pontuação em lugar de regrinhas

19 de maio de 2014

Dia de luto ou de luta?

Soube hoje que uma colega de trabalho foi demitida porque defendeu as Letras boas contras as letrinhas ruins. Sinto-me demitido também. Sempre a apoiava. Quando lhe indicava erros de redação, humildemente agradecia.

Sempre primava pela boa imagem da instituição. Ela e eu. Mas no campo das letrinhas. Essas ninguém preza. 

A demissão ocorreu por força maior. Maior? Que se expliquem.

Que dirá a Santa Sé do trabalhador, a Justiça getulista do Trabalho?

Vergonha, vergonha, vergonha. Avaaz. Change.org.

15 de maio de 2014

Alemão no Brasil austral

Ich hob die Mule mit de Relhe ins Potrer getoggt, além do enunciador, entende só quem fala simultaneamente alemão e português brasileiro sulista – muitos qualificativos para um só ouvinte!

É a fala de grande parte do imigrante colono alemão no sul brasileiro, e significa: toquei a mula no potreiro. Potreiro, por sua vez, é sinônimo sulista de piquete. A estrutura da frase é perfeitamente alemã. Um alemão perceberá que alguém está lhe falando em sua língua, mas nada entenderá. De outro lado, o brasileiro menos ainda entenderá, apesar de seu interlocutor usar suas próprias palavras. Os três substantivos da frase e parte do verbo composto são palavras portuguesas ligeiramente adaptadas à gramática alemã. É uma língua sem escrita. Não é exatamente um pequeno Babel. É antes a sonhada porém malograda solução democrática que Babel insinua: falemos uma única língua para que nos entendamos! Só que quem entre os babilônios seguiu esta lógica tão lógica apartou-se dos demais e ficou em condições iguais aos demais. Este idioma alemão brasileiro foi recentemente consagrado como mais uma língua autônoma de nosso universo. Mas a escolarização está sendo seu coveiro.

11 de maio de 2014

10 de maio de 2014

Telefonemas multi-informativos



Um telefonema pessoal revela tudo quando, em público, inicia com “Fala.” (se tanto) e desfecha com “Certo.” ou “Tá bem.”, se tanto.
Se o cônjuge ou namorado (este mais difícil, aquele mais facilmente) assim for tratado, você, involuntário escuta, já sabe em que pé andam as coisas alheias. Talvez interesse. 

Esperar-se-ia um “Oi, amor!” ao início e um “Te cuida!” ou “Beijo!” final.
Depois se perguntam como a gente percebeu.